segunda-feira, 16 de março de 2015

Como o curso É DESCRITO x Como o curso DEVERIA SER DESCRITO


Como o curso É DESCRITO

O curso se baseia em técnicas de PNL e visa ao desenvolvimento pessoal e profissional ao trabalhar as suas competências para que vença seus principais desafios e tenha sucesso em todas as áreas. Não tente descobrir antecipadamente o que acontece no curso, pois isso pode atrapalhar o seu aproveitamento. Tudo o que você tem a fazer é relaxar e aproveitar, e esperar até a conclusão do curso para entender todo o processo.

Como o curso DEVERIA SER DESCRITO

Neste curso, são utilizadas técnicas de PNL, que visam permitir o acesso e a reprogramação do seu subconsciente. Não é aconselhável a participação com familiares em uma mesma turma, pois isso poderia inibi-lo de expor suas emoções mais profundas, mas esteja preparado para fazer isso diante de estranhos.

Ministrado na forma de dinâmicas em grupo, são utilizadas técnicas como Rapport, Confissão Positiva e Hipnose, com destaque para o Rebirth e o Passeio Cego, que preparam emoções mais fortes por fazerem aflorar quaisquer medos, fobias, traumas, angústias e sentimentos mais profundos, bons ou ruins, e que até mesmo você desconhecia – caso não se recorde o que aconteceu com você na infância e até dentro do útero materno – que podem estar impedindo você de atingir o sucesso em sua vida.

Caso seja uma pessoa mais tímida ou reservada, você pode se sentir desconfortável e desafiado pelo convívio forçado com pessoas desconhecidas com as quais será convencido a interagir, e até mesmo constrangido pelas regras de conduta impostas se for uma pessoa questionadora e que discorde da metodologia aplicada.

Não há garantias de que você saia satisfeito com o curso, nem pessoal médico qualificado a prestar apoio psicológico no local. Saiba que terá de buscar ajuda sozinho, sem suporte da empresa que idealizou o curso, caso saia dali abalado emocionalmente e os sintomas não cessem após 1 semana – o que dizem ser o prazo normal para que os mais sensíveis se recuperem. Este curso é realizado em todo o país, portanto, se disserem que é 100% eficaz e que nunca houve algum problema desse tipo, acredite se quiser.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

QUEM AVISA...


Se você está pensando em participar de um curso que o seu amigo fez e diz ser maravilhoso, desconfie. O que serve pra uns pode ser desastroso para outros, pois, assim como na automedicação, um mesmo remédio não serve para todos os doentes.

Leia a bula, isto é, pesquise e informe-se sobre o conteúdo do curso para não enfrentar efeitos colaterais imprevistos.

Veja algumas das técnicas que costumam ser aplicadas em treinamentos baseados em PNL:

1) Hipnose

A Hipnose é um dos princípios básicos da PNL:

A Programação Neurolinguística surgiu na Universidade da Califórnia (EUA) no final dos anos 60 e início dos anos 70 com John Grinder e Richard Bandler. O foco original da PNL foi o estudo dos padrões fundamentais da linguagem e técnicas de três terapeutas renomados e bem-sucedidos Dr. Milton Erickson, psiquiatra estadunidense e uma das autoridades mundiais nas técnicas de Hipnose aplicadas à Psicoterapia, Fritz Perl (Gestalt) e Virginia Satie (Terapia Familiar Sistêmica). Mais tarde, os padrões descobertos foram adaptados visando proporcionar uma capacidade pessoal de se comunicar de forma mais efetiva e também a realização de mudanças.

(...) Isto é, encara o cérebro como uma espécie de “hardware” e a mente e os pensamentos como uma espécie de software, numa analogia de que podemos "reprogramar" a mente humana, retirando defeitos, ou seja, erros de programação gerados no passado. (...)

A PNL utiliza técnicas que poderíamos chamar de meditativas e hipnose para estabelecer o que chama de "estados focalizados" e assim tentar fazer com que a pessoa utilize o seu pensamento da melhor maneira possível. Por isso, muitos dos exercícios recorrem a "estados alterados de consciência", ou estados de transe. (...)

(...) A Hipnose Ericksoniana, assim denominada por ter sido criada pelo Dr. Milton Erickson, fundador da American Society of Clinical Hypnosis, surgiu como modernização da hipnose clássica.

Trata-se de um estado alterado de consciência e percepção, de profundo relaxamento muscular, no qual, segundo Dr. Erickson, o consciente e o inconsciente podem ser focalizados por ficarem mais receptivos à sugestão terapêutica. (...)

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa%C3%A7%C3%A3o_neurolingu%C3%ADstica

2) Rebirthing (Renascimento)

É um método de respiração consciente que, supostamente, seria capaz de promover um profundo autoconhecimento e desenvolvimento através de uma integração corporal, energética, emocional e mental do praticante. Foi desenvolvido por Leonard Orr na década de 1970.

O método recebeu o nome de Rebirthing/Renascimento porque o ato de respirar conscientemente através da técnica promoveria a ativação psico-física, trabalhando assim desde os bloqueios mais primitivos, como por exemplo, a primeira experiência do ato de respirar, fazendo com que algumas pessoas revivenciassem o ato do seu próprio nascimento.

Fonte: http://www.inexh.com.br/novo/html/renascimento.htm

3) Rapport e Ancoragem

Rapport descreve um relacionamento próximo e harmonioso em que as pessoas ou grupos em causa compreendem sentimentos ou ideias uns dos outros e se comunicar bem.

Um clássico exemplo incomum de se relacionamento pode ser encontrada no livro Uncommon Therapy por Jay Haley, sobre as técnicas de intervenção psicoterápica de Milton Erickson. Erickson (pai da Hipnose) desenvolveu a capacidade de introduzir a visão de mundo de seus pacientes e, a partir desse ponto de vista (com relação estabelecida), ele foi capaz de fazer intervenções muito eficazes (para ajudar seus pacientes a superar os problemas da vida).

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Rapport

Esse poder miraculoso que alegam ter através do uso das técnicas mencionadas, de conseguir reprogramar o cérebro, serviria inclusive para tratar as doenças mentais, conforme vídeo publicado na página da Programação Neurolinguística no Facebook, em que a técnica de Rapport é usada para tratar de um paciente em surto psicótico:

https://www.facebook.com/video.php?v=161267860633835&set=vb.247467235298887&type=2&theater

4) Passeio Cego

Esta é uma das atividades mais impactantes dos treinamentos, portanto, reservaremos um post especial para falar dela mais detalhadamente. Aguardem!
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E estas são as técnicas aprendidas em cursos de formação dos instrutores de PNL:


Pressupostos Básicos da PNL


Representação Interna


Calibração


Acuidade Sensorial


Canais Representacionais


Rapport


Metamodelo de Linguagem


Condição de Boa Formulação de Objetivos


Metaobjetivos


Linguagem Hipnótica de Milton Erickson


Metáforas


Níveis Neurológicos


Alinhamento de Níveis Neurológicos


Ressignificação


Métodos de Ancoragem


Dissociação


Swish


Flexibilidade, Reação a Críticas, Criatividade Disney


Cura Rápida de Fobia


Acordo Condicional


Squash Visual - Trabalho com Polaridades


Mudança de Histórico Pessoal - Pesquisa Transderivacional


Reestruturação em 6 Passos - Mudança de Comportamentos



sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Você é responsável por suas escolhas, não escravo delas.
Por isso, se não deu certo, simplesmente
mude e faça novas escolhas.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

1234...

Decidimos iniciar com um texto autêntico, um dos primeiros encontrados sobre o assunto, que mostra o que se passa em um curso ou treinamento baseado nas técnicas de PNL. Ele oferece o relato de alguém que conseguiu manter o discernimento e o bom humor apesar das situações inusitadas a que foi exposto, mas infelizmente nem todos reagem assim... Este é apenas um dos muitos casos que nos levam a pensar: o que há de errado nesse tipo de curso/treinamento/terapia?


1234...
VOCÊ é um Imbecil

Vou abrir a semana com uma pequena história para aqueles que nasceram para brilhar. Isso mesmo: você, VOCÊ! que nasceu para o sucesso por que, afinal, ser um loser é para o perdedores, oh! Redundância da existência. Deixe isso para os outros, aqueles que eram a má influência na “Infância Segundo Sua Mãe”.

Sinceramente? Não sou lá de me impressionar muito. Trabalhei em redação por anos, recebia fotos de pessoas completamente mutiladas por uma barbaridade qualquer da vida e, enfim, a gente acaba se acostumando. Como tenho meus limites pessoais e perder a humanidade não faz parte do meu projeto de vida, decidi sair dessa. A política, por mais suja que possa ser, acaba virando uma imensa piada. Afinal de contas, se VOCÊ que é o interessado maior em melhorar as coisas não faz nada, eu é que não me sinto na obrigação de fazer.

Mas preste atenção nesta história.

Preste muita atenção nesta história.

Você que está aí pensando em como se integrar ao mondo capitalista que irá lhe trazer a felicidade, o mondo capitalista que fantasia na sua existência doente. Você que não “mede esforços”, que “veste a camisa”, que faz hora extra sem receber porcaria alguma e que passa por cima de tudo e de todos porque, “Ei, o mercado de trabalho é Thomas Hobbes, merrmão”.

Pois saiba que você é um idiota.

Leia este e-mail que recebi durante o final de semana e tenha certeza disso: VOCÊ é um tremendo, um imenso, o maior idiota de toda a existência.

“Então, fui pro curso sozinha, pois é assim que tem que ser. Não pode ir com seu carro, não pode conhecer ninguém lá dentro. E assim foi. Ah! 1.500 reais. Por dois dias. Tem que ser levada por alguém que já fez o curso.

O lugar é paradisíaco. Em meio a campos de golfe, chalés e flores e mais flores, se esconde um barracão sem janelas de uns 7×5 m. Um contrato é assinado: a obediência às regras é condição sine qua non. Fazer o quê? Você já está lá mesmo…

122 pessoas agrupadas no barracão, cadeiras rigorosamente enfileiradas, palco na frente. É feita uma palestra para apresentação da chefia. Uns dois médicos, vários terapeutas, cada cara mais esquisita (começo a desconfiar que entrei numa roubada). Depois de uma leve palestra introdutória, cheia de recomendações e regras, começa o workshop. Retiram-se as cadeiras. Nós que temos que arrumar e desarrumar tudo. Quando se entra no barracão, não pode sair. Nem se você. tiver morrendo por falta de ar, nem com crise epilética. Ir ao banheiro então, nem pensar!

Celulares e outras mordomias são terminantemente proibidos. Conversas ou risos, forget it. Eles dizem o que tem que ser feito e você repete. Detalhe: além da cara de mal encarados, eles todos se vestem de preto total. Os homens de terno.

1º exercício: uma fila parada e a outra andando olhando e gritando para quem estava parado, de um a um, coisas meigas como: COVARDE, IMPOTENTE, BOSTA, PREPOTENTE, etc. Assim, de um em um, todos eram expostos a ouvir por 121 vezes, e a dizer 121 impropérios. Algumas pessoas, Leandro, choravam muito. Desesperadas. Outras pareciam o Hannibal em dia de festa. Não podia rir, por todos os lados havia um deles te fiscalizando e SURPRISE, te castigavam por qualquer coisa que achassem merecedora de. Eu, essa criatura selvagem que você. já conhece, me rebelei nos primeiros 5 minutos e levei um balde de água fria na cabeça. Depois do quinto balde e encharcada, fui levada por dois torturadores para fora e convidada a me retirar. “Agora eu vou ficar. E vocês. parem de pegar no meu pé”. E eles: “Pelo contrário, vamos pegar muito no seu pé”. Ok.

Isso durou das 19:56 até às 4:32 da manhã. Os horários são assim. Tínhamos que voltar ao barracão às 7:00. Detalhe: tinha que voltar com um texto decorado sobre vencedores e perdedores. “E ai de quem não souber tudo na ponta da língua, os castigos vão ser tão terríveis que vocês nunca mais se recuperarão. Coisas inimagináveis poderão ocorrer”. Imagina, estava todo mundo fragilizado, cansado, só escutando grito, confinado, o ar-condicionado ora muito frio, ora muito quente, sem poder tomar nem água, nem ir ao banheiro, sem poder falar com a pessoa ao lado. BIZARRO, SINISTRO.

Aí, pequeno, que eu estava com uma enxaqueca de matar e como não podia tomar remédio, fiquei numa fila que eles me colocaram para conversar com o médico, que me disse com grande tédio que minha dor de cabeça era uma muleta e era bom eu desafiá-la.

Saí dali atordoada e procurando meu chalé. Só via as pessoas sonambulando, robotizadas, tentando decorar aquela joia de literatura… “Se você pensa que é um derrotado, você será derrotado. Se não pensar quero a qualquer custo, não conseguirá nada”…

O quarto era minúsculo e tinha 4 camas. Isso era o que menos importava, porque a última coisa a fazer era dormir. Fiquei debaixo do chuveiro por muito tempo, tentando recobrar minha sanidade. E pensei: “fúcsia” com esses versos de merda, “sucesso a qualquer custo” não é minha praia. Saí de lá melhorzinha e mal tive tempo de engolir um suco e já escutei os acordes de “Assim Falava Zaratustra”, que era o sinal de que faltava um minuto para entrar no barracão.

Quase ninguém decorou, e quem decorou o fez com erros. Daí fomos todos castigados. Nos levaram para um corredor de 3 m de largura por 10 de comprimento. Formamos filas e tínhamos que ficar estáticos com distância de um palmo entre um e outro. Vigiados de perto, não podíamos fechar os olhos, nada. Ficamos assim por umas 3 horas. Eles iam chamando um por vez, e podíamos escutar os gritos vindos do barracão. É incrível a fragilidade do ser humano. Naquelas horas, tudo passava na minha cabeça. De choque elétrico a torturas inimagináveis. Era isso que eles se referiam quando disseram que nunca poderíamos imaginar etc. A nossa imaginação bate qualquer realidade: o medo, o pânico te assombra de tal forma que nenhuma realidade pode ser pior.

Mas a espera, o sofrimento te detonam de tal forma que bagaço é pouco. Quando você sai dali, tem uns minutos para comer e uma nova chance de memorizar o texto. Só pra não te dar um segundo de paz. Soa o Zaratustra e volta pro barracão. Entra o XXX. Pede o texto. Grita, berra e muda de assunto: “Terapia da Raiva”: explica uma formação esdrúxula e um círculo se forma no centro. Todos temos que respirar de uma determinada maneira, em determinada posição. Isso com ele aos gritos, num microfone, e os “torturadores” andando entre nós, fiscalizando. Daí que o bicho pega. É inacreditável. Se eu não tivesse visto, acho que não acreditaria, pois ninguém que sai de lá conta o que viu ou o que se passou. Só de te contar, já estou passando mal. Por isso parei antes.

A reação das pessoas varia muito: alguns fazem que vão vomitar, outros vomitam… detalhe: fica tudo lá. Outros começam a estrebuchar, tipo Igreja Universal ou terreiro. A gente tem que ficar com os olhos abertos, respirando, olhando pra frente. Mas o que você não vê nem pela visão periférica, você pressente pelos ruídos. É macabro.

Os torturadores vão avisando pro XXX quem está pronto (surtado), e a pessoa é encaminhada para o centro, onde TODOS assistem aquela pessoa gemer, urrar, e o XXX vai botando pilha pra pessoa surtar mais um pouquinho. Quando em frangalhos, um torturador recolhe aquele ser, que vai para uma parte do recinto onde, guarnecidos com bastões de madeira, batem em almofadas, ensandecidos, ou se atiram pelas paredes, uma coisa. Eu vi isso acontecer 121 vezes e só pensava: ‘Somos animais e selvagens. Um leão não faria isso, nem um elefante. Qual a explicação disso? Nunca mais confiarei em ninguém da minha espécie.”

Eu estava nessa onda quando XXX, him himself, personifica ao meu lado, segura meu braço e manda: “Agora você”. Eu disse: “Mais tarde eu vou, ainda não estou preparada” E ele, malvado: “Você vai!” Eu praticamente berrei: “NÃO VOU”. Ele: “Ou vai ou sai agora”. Eu disse: “Saio com prazer”.

Se você me perguntar o sentido de tudo isso, talvez você possa me dizer. O que sei é que já são 180 mil pessoas que participaram desse treinamento e pertencem à “Família Silva” e existem muitos outros cursos “avancé”. Tem um em que a pessoa é obrigada a andar num caminho em brasas. Ele é referenciado e tratado como “XXX, meu rei”. É tipo um reverendo Moon dos trópicos. O que sobrou disso tudo foi uma descrença enorme na racionalidade do ser humano.

Sabe, eu fiquei durante bastante tempo chocada. Escrevi pro XYZ, redação da ABC, ele me respondeu, pessoalmente, dizendo até o nome do repórter que mandaria lá. Acontece que o cara, XXX, é muito inteligente, muita gente viu a entrevista na Marília G. e, senso comum, “ele é o cara”. Acontece que a partir de então passei a acreditar que ela leva bola, pois é impossível, como uma jornalista séria, não checar, não investigar. O mais sinistro é que, mesmo sem conversar com “os colegas”, você percebe que tem muita gente pobre, digamos assim. Com o tempo, conversando com pessoas que já ouviram falar dele, soube que muitas empresas mandam empregados. Vamos imaginar, por hipótese, você é empregado e seu chefe manda você fazer um curso desse: “leadership training”. No mínimo, é pra te preparar pra alguma função de maior responsabilidade, certo? Em chegando lá, você desistiria ou passaria por cima dos outros que nem um trator pra mostrar pro seu chefe que você é um fodão?
Agora, pra mim, o que realmente pegou foi o fato de minha filha e meu genro terem ido, cada um na sua vez, terem insistido muuuiiito pra eu ir e continuarem frequentando e amando o XXX. Não entendo de jeito nenhum. Ela é arquiteta, mas sofre de paulistice, vai ver que é isso. Resultado: dois pontinhos, estamos sem nos falar. Isso é grave.

Fonte: